Psicologia e Enfermagem

09/03/2016 11:22

PLANO DE ENSINO

 

1. IDENTIFICAÇÃO

Disciplina: Psicologia e Enfermagem

Semestre:

Créditos: 4.0.0.0.0

Carga Horária: 60 h/a

Período Letivo: 2016/1

Docente Responsável: Esp. Carmen Silvia Ballerini

E-mail: carmen_silvi@unemat.br

     
 

 

 

2. EMENTA

A disciplina aborda conteúdos fundamentais da ciência do Comportamento instrumentalizando o enfermeiro para atuar em situações cotidianas nos serviços de saúde de modo a reconhecer, nas relações interpessoais, as respostas dos indivíduos e as suas próprias, para questões ligadas aos processos de sofrimentos/adoecimento, saúde/doença e morte/ morrer.  O estudo se dará a partir da abordagem das principais escolas psicológicas ligadas às questões sociais e humanísticas. Deve-se, ainda, oportunizar ao aluno o reconhecimento da ação da psique nas respostas humanas, tanto somáticas quanto relacionais.

 

3. OBJETIVOS DA DISCIPLINA

 

Geral

Capacitar o estudante para entender o indivíduo em suas dimensões psicológicas e comportamentais, particularmente em suas relações com o campo da saúde em especial a atuação do enfermeiro. A compreensão do desenvolvimento humano em suas diferentes etapas, a atuação do profissional de enfermagem nessas etapas. Compreender também o processo de adoecimento e a pessoa doente e seus familiares e os fatores que podem estar envolvidos neste processo: emoções, motivação, agressividade, ansiedade, estresse, entre outros.

 

 

Específicos

 

·         Proporcionar aos alunos uma visão abrangente sobre o conceito da psicologia como ciência  da atualidade e suas relações com a saúde e a atuação em Enfermagem;

·         Promover discussões a respeito da promoção e produção da saúde e da cura, no sentido de auxiliar os futuros profissionais na interação com situações e pessoas, dentro e fora do hospital;

·         Possibilitar uma melhor postura profissional através do conhecimento dos aspectos psicológicos que influenciam no processo saúde-doença, e temas específicos ao morrer e ao processo de luto

O enfoque será dado, basicamente, quanto ao desenvolvimento humano, a relação enfermeiro-indivíduo, a espiritualidade e o indivíduo fora de possibilidades terapêuticas.

 

 

 

4. METODOLOGIA

 

Serão adotadas as seguintes metodologias para alcançar os objetivos propostos durante o semestre:

·         Aula expositiva-dialogada: abordagem dos diferentes assuntos, dentro do tema, pelo professor com discussão participativa dos alunos.

·         Estudos dirigidos;

·         Estudo de textos;

·         Uso e discussão de filmes;

·         Análise, discussão e apresentação de artigos científicos de revistas indexadas da área em forma de seminário;

·         Reflexões Críticas sobre textos selecionados

·         Site na internet, disponibilizado no endereço https://pensando-em-educacao.webnode.com/, no qual se estruturarão enquetes, fóruns de debates e bate-papos sobre temas abordados em aula, indicação de vídeos, artigos e textos e ainda informações e dicas complementando as aulas ministradas.

 

 

Procedimentos para execução das atividades, em anexo.

 

5. RECURSOS DIDÁTICOS

Dinâmicas e técnicas de ensinoaprendizagem;

Livros, ensaios e artigos científicos;

Grupo de estudo virtual utiliza TIC (tablet, celular, computador, notebook) para comunicação instantânea (SMS, Whats app, e-mail, etc);

Vídeos técnicos (notebook e Datashow)

Recursos midiáticos e  audiovisuais (jornal, internet, tv, rádio, etc)

Quadro negro e giz.

 

6. AVALIAÇÃO

 

De acordo com o disposto na Resolução nº 054/2011 – CONEPE que prevê especificamente em seus Art. 149 que a avaliação do desempenho acadêmico poderá ser por nota e entendida como um processo contínuo, cumulativo, descritivo e compreensivo, que busca explicar e compreender criticamente os resultados previstos no Projeto Pedagógico do Curso.

A avaliação será realizada em caráter sistemático, através de atividades cotidianas. Tal processo, como garante o Art. 152  disposto na Resolução nº 054/2011 – CONEPE, que a avaliação será feita por meio de acompanhamento contínuo do discente e dos resultados por ele obtidos portanto, será  processual/formativa, através da participação, entrega de relatórios, interesse, frequência, cooperação, pontualidade, responsabilidade, motivação, companheirismo, respeito.   Confirma, no Art. 153 que ao final de cada período letivo do curso de graduação será atribuída ao discente, em cada disciplina regularmente cursada, uma nota final (média semestral), resultante da média aritmética de, no mínimo, 3 (três) avaliações semestrais, realizadas durante o semestre letivo.

Art. 154. A avaliação qualitativa dos créditos atribuídos ao discente do curso regular de graduação pelo professor, a cada verificação de aprendizagem, bem como à prova final, será feita por meio de notas variáveis de 0,00 (zero) a 10,00 (dez).

Desta forma, no decorrer do semestre, os alunos terão três momentos para que os conhecimentos adquiridos possam ser analisados (M1, M2 e M3). Esta análise de aprendizagem será feita de diferentes maneiras, através de atividades diversificadas e pesos diferentes, conforme especificação a seguir:

 

1ª Média – M1:

- Fichamento de texto- Peso 5,0 (50%)

- Avaliação formativa I -Peso 5,0 (50%)

 

2ª Média – M2:

- Trabalhos em grupo (Seminário) = Peso 10,0 (100%) sendo:

4,0 (40%) para documento escrito e

6,0 (60% para apresentação oral do tema – nota dada a partir da somatória das participações individuais, de acordo com o desempenho e participação do grupo).

 

3ª Média – M3:

- - Resenha crítica de texto = Peso 6,0 (60%)

- Avaliação formativa II = Peso 4,0 (40%)

 

 

7. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Conceito de Saúde na história

1.1 Evolução do conceito de saúde numa escala temporal, iniciando na Grécia antiga e chegando à contemporaneidade.

1,2. Breve evolução histórica da psicologia enquanto ciência permeando a evolução do conceito de saúde

1.3 As principais teorias da psicologia no século XX

 

2. O cuidar na enfermagem: Aspectos Psicológicos.

2.1.Assistência e humanização dos cuidados na enfermagem.

2.2.A importância da formação do profissional na compreensão dos aspectos psicológicos do cuidar.

2.3.A formação de o enfermeiro no cuidar emocional do indivíduo e de familiares.

 

3. Psicossomática

3.1.Definição de  Psicossomática.

3.2. A Mente

3.3. Contribuição da Psicanálise

3.4. O mecanismo do adoecimento. Simbologia dos sintomas.

 

4.  Psicologia do Desenvolvimento: A criança.

4.1. Conceitos básicos sobre desenvolvimento.

4.2. Os diferentes aspectos do desenvolvimento.

4.3. Desenvolvimento físico.

4.4. Desenvolvimento psicossocial.

4.5. Desenvolvimento psicosexual.

4.6. Desenvolvimento cognitivo.

4.7. Repercussões emocionais da doença na infância.

4.8. Intervenções do enfermeiro na promoção do desenvolvimento infantil.

 

5. Psicologia do Desenvolvimento: O Adolescente.

5.1. Aspectos históricos e culturais do conceito de adolescência.

5.2. Desenvolvimento físico.

5.3. Desenvolvimento psicossexual.

5.4. Desenvolvimento psicossocial.

5.5. Desenvolvimento cognitivo

5.6. Modelos teóricos de desenvolvimento.

5.7. Repercussões emocionais da doença e da hospitalização no adolescente.

5.8. Intervenções do enfermeiro.

 

6- Psicologia do Desenvolvimento: O Adulto

6.1. Teorias do desenvolvimento humano.

6.2. Desenvolvimento físico.

6.3. Desenvolvimento cognitivo.

6.4. Desenvolvimento psicossocial.

6.5. Desenvolvimento psicossexual.

6.6. Repercussões emocionais da doença e da hospitalização no adulto.

6.7. Intervenções do enfermeiro.

 

7 – Psicologia do desenvolvimento: O Idoso

7.1. Conceitos de envelhecimento e qualidade de vida.

7.2. Desenvolvimento físico e fisiologia do envelhecimento

7.3. Desenvolvimento cognitivo.

7.4. Desenvolvimento psicossocial.

7.5. Repercussões emocionais da doença e da hospitalização no idoso.

7.6. Intervenções do enfermeiro.

 

8 – Aspectos psicológicos da relação do enfermeiro com o indivíduo e familiares.

8.1. Conceitos, pressupostos e aspectos evolutivos.

8.2. Processos, procedimentos, abordagens, modelos, políticas e normatizações.

 

9. O indivíduo fora de possibilidade terapêutica.

9.1. O contexto histórico-social da morte e sua institucionalização.

9.2. O cuidado emocional perante a morte: o indivíduo, a família e a equipe multiprofissional.

9.3. Cuidando do indivíduo fora de possibilidade terapêutica.

9.4. O tratamento na fase terminal da doença.

9.5 O processo de perda/ luto

 

10. Espiritualidade.

10.1. Conceito de espiritualidade.

10.2. Importância da espiritualidade para profissionais da área da saúde.

10.3. Influência da espiritualidade no processo de cura.

10.4. Angústia espiritual como diagnóstico de enfermagem.

 

11. Aspectos Psicoemocionais do Trabalho em Enfermagem.

11.1. Comportamentos que impedem o autocuidado daquele que cuida.

11.2. O estresse

11.3 Cuidando de si mesmo.

 

 

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Básica

 

ANGERAMI – CAMON, V. A.  et al. O doente, a psicologia e o hospital. São Paulo: Pioneira, 2001.

ANGERAMI, Camon. V. A. Psicologia Hospitalar: Teoria e Prática. São Paulo: Cengage, 2010.

BRAGHIROLLI, Eliane Maria. Psicologia Geral. Petrópolis: Vozes, 2004.

FARAH, Olga Guilhermina; SÁ, Ana Cristina. Psicologia Aplicada à Enfermagem. São Paulo: Manole, 2008.

 

Complementar

ANGERAMI, Camon. V. A. Psicologia no Hospital. São Paulo: Pioneira, 2003.

ARENDT, Hannah. (1906, 1975) A vida do espírito: o pensar, o querer, o julgar.  Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000.

ÀRIES P. História da morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos dias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.

BEE H. A criança em desenvolvimento. 9.ed. Porto Alegre: Artmed: 2003

BELLATO, Roseney; CARVALHO, Emília Campos de. O jogo existencial e a ritualização da morte. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto,  v. 13,  n. 1, Feb.  2005

BOCK, A. M. B. et al. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 1995.

BOWBLY, J. Perda: tristeza e depressão. 3 ed. São Paulo: Martins Fonte, 2004.

_____. Apego. Vol 1. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

_____. Separação angústia e raiva. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

CAPRA, F. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. Cultrix: São Paulo, 1995.

CARVALHO Filho ET. Fisiologia do envelhecimento. In: Papeléo Netto . M. Gerontologia: a velhice em visão globalizada.São Paulo: Atheneu, 2002,p.60-70.

CASATE JC, Correa AK. Humanização do atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Rev Lat Am Enfermagem; 13(1):105-11. 2005.

DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. São Paulo: Makron Books, 2000.

DUARTE, André; ARENDT, Hannah. Sobre a Violência. São Paulo: Civilização Brasileira, 2009.

KOVACS, M. J. Autonomia e o Direito de Morrer com Dignidade. Revista Bioética, Vol. 6, No 1, 2009. Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/326/394

MELLO Filho J. Psicossomática hoje. Porto Alegre: Artmed, 1992.

MIRANDA, C. M. L. ; FIGUEIREDO, A. C. C. ; VIEIRA, M. A. . Cuidando de quem cuida: uma experiência de supervisão em Enfermagem.. Cadernos do IPUB, Rio de Janeiro, v. VI, n. 19, p. 37-53, 2000.

MYERS, David.  Introdução à psicologia geral.  Rio de Janeiro: LTC, 2001.

NORBERT, Elias. A Solidão dos Moribundos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

PAPALIA DE, Olds  SW. Desenvolvimento humano. 7.ed. Porto Alegre: Artmed,  2002.

PIAGET J. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1994

SÁ AC. O cuidado do emocional em saúde. 2.ed. São Paulo: Robe, 2003

WINNICOTT DW. Tudo começa em casa. Trad. Paulo Sandler.3.ed.São Paulo: Martins Fontes, 1999

ZIMERMAN, D. Fundamentos básicos das grupo terapias. Porto Alegre, ARTMED, 1993. .

 

 

9. DATA DE EMISSÃO

10. TERMO DE HOMOLOGAÇÃO

 

Diamantino – MT, 15 de fevereiro 2016.

 

 

 

__________________________________

Carmen Silvia Ballerini

 

Plano de Ensino Aprovado pelo Colegiado do Curso em reunião do dia ___ / ____ / _____.

 

 

___________________________________

Presidente do Colegiado de Curso

 

 

 

 

ANEXO

 

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES PREVISTAS (OBRIGATÓRIO)

 

 

AULAS

CONTEÚDO

15/02

4h/a

Apresentação da disciplina e da ementa

22/02

4h/a

Introdução à Psicologia.

29/02

4h/a

Introdução à Psicologia

07/03

4h/a

Teorias Psicológicas

14/03

4h/a

Teorias Psicológicas

21/03

4h/a

Teorias Psicológicas

28/03

4h/a

Teorias Psicológicas

04/04

4h/a

O cuidar na enfermagem: Aspectos Psicológicos

11/04

4h/a

Psicossomática

Seminário: O indivíduo fora de possibilidade terapêutica

 

18/04

4h/a

Avaliação I

Seminário e discussão: Psicologia do Desenvolvimento: A criança na primeira infância

25/04

4h/a

Vista prova

Seminário e discussão: Psicologia do Desenvolvimento: A criança na segunda infância

Seminário e discussão: Psicologia do Desenvolvimento: A criança na terceira infância

 

02/05

4h/a

Seminário e discussão: Psicologia do Desenvolvimento: O adolescente

Seminário e discussão: Adolescência e Uso de Substâncias psicoativas (SPA)

 

Fichamento sobre:  Espiritualidade em FARAH, Olga Guilhermina; SÁ, Ana Cristina. Psicologia Aplicada à Enfermagem. São Paulo: Manole, 2008.

 

1.       Conceito de espiritualidade.

2.       Importância da espiritualidade para profissionais da área da saúde.

3.       Influência da espiritualidade no processo de cura.

4.       Angústia espiritual como diagnóstico de enfermagem.

 

09/05

4h/a

Seminário e discussão:  Psicologia do Desenvolvimento: O adulto Jovem

Seminário e discussão:  Psicologia do Desenvolvimento: O adulto intermediário

Seminário e discussão: Psicologia do Desenvolvimento: O idoso (vida adulta tardia)

 

16/05

4h/a

Avaliação II

Resenha descritiva de texto sobre os Aspectos Psicoemocionais do Trabalho em Enfermagem em FARAH, Olga Guilhermina; SÁ, Ana Cristina. Psicologia Aplicada à Enfermagem. São Paulo: Manole, 2008.

1. Comportamentos que impedem o autocuidado daquele que cuida.

2. O estresse

3 Cuidando de si mesmo.

 

23/05

4h/a

Vista prova e entrega do trabalho escrito => Resenha descritiva de texto sobre os Aspectos Psicoemocionais do Trabalho em Enfermagem

 

 

TOTAL: 60 horas/aula

O calendário poderá ser alterado e está aberto a possíveis sugestões.

 

 

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